O coco tem sido a base da dieta dos habitantes das ilhas do Pacífico Sul por centenas de anos, onde é conhecido como a ?árvore da vida?. Em algumas comunidades, representa de 50 a 60% das calorias diárias ingeridas.
Os primeiros exploradores ocidentais que visitaram essas ilhas nos séculos XVI e XVII descreveram esses povos como vigorosos, belos e saudáveis. A relação entre esses hábitos alimentares e o bom estado de saúde dessas populações despertou o interesse do Dr. Weston A. Price, um dentista americano e pesquisador sobre nutrição que, em 1930, estudou as comunidades das ilhas que mantinham uma dieta tradicional, sem as influências do mundo ocidental. Para sua surpresa, constatou que tanto a saúde geral como a dentição desses habitantes eram excelentes, enquanto que os habitantes das ilhas que consumiam uma dieta mais ocidentalizada, apresentavam mais problemas de saúde e doenças degenerativas. A prevalência de cáries naqueles que adotavam uma dieta tradicional, onde o coco desempenhava papel fundamental, era de apenas 0,3% (3 cáries para cada 1000 dentes examinados). Já nos habitantes de ilhas que adotavam dietas ocidentais, a prevalência era de 30%.
Já em 1960, um outro estudo avaliou os nativos de Pukapuka e Tokelau, ilhas pertencentes à Nova Zelândia. Nessa ilhas afastadas, a população era isolada das influências alimentares ocidentais. A dieta padrão utilizava o coco em diversas formas de preparo em todas as refeições, além de algumas raízes, frutas e vegetais. Os pesquisadores relataram que a saúde geral desses povos era boa, os níveis de colesterol eram normais, e doenças cardíacas, colite, câncer de colon, úlceras, hipotireoidismo, etc., eram raros.
No Sri Lanka o consumo de óleo de coco também é elevado e representa 80% das gorduras ingeridas. O Relatório Anual Demográfico das Nações Unidas de 1985 informa um óbito para cada 100.000 habitantes por doença coronariana no Sri Lanka, enquanto que, nos países que não utilizavam óleo de coco, a mortalidade era de 16 a 187 casos / 100.000 habitantes.
Estudos recentes apontam vários alimentos benéficos à saúde, como é o caso do chocolate, azeite extra-virgem, chá verde, açaí e outros. O óleo de coco é rico nos chamados Ácidos Graxos de Cadeia Média (triglicerídeos de cadeia média ? TCM). Cerca de 65% do óleo de coco é constituído por Triglicerídeos de Cadeia Média. Os Tliglicerídeos de Cadeia Média também encontram destaque nas pesquisas atuais com os seguintes achados, entre outros:
- Auxiliam na redução nos níveis de Lp(a) ( Lipoproteína a). Níveis elevados constituem risco de desenvolvimento de doença aterosclerótica. (The Journal of Nutrition, 2003; 133: 3422?3427)
- Auxiliam no aumento dos níveis de energia e redução de gordura abdominal. (Obesity Reearch, 2003;11:395? 402)
- Podem ajudar na prevenção da obesidade. (The Journal of Nutrition, 2002; 132: 329?332)
- Podem aumentar a capacidade antioxidante geral do organismo. (Food Chemistry, 2006; 99(2), 260-266) ?Podem reduzir os níveis de colesterol e de triglicerídeos. (Clinical Biochemistry, 2004; 37 (9), 830-835)
- Podem auxiliar na redução do envelhecimento cutâneo. (Sabinsa Coorporation , 2007)
POR QUE O ÓLEO DEVE SER VIRGEM ?
Óleo de coco refinado: Vários óleos de coco são produzidos a partir da Copra. Copra é basicamente a carne do coco seca. O óleo produzido a partir da Copra é impróprio para o consumo humano e precisa ser refinado, clareado e desodorizado. Elevadas temperaturas e solventes químicos são geralmente empregados no processo. Esse óleo refinado é algumas vezes hidrogenado ou parcialmente hidrogenado, passando então a conter as perigosas gorduras trans.
Óleo de coco virgem: O óleo de coco virgem só pode ser produzido a partir da carne do coco fresco, que é chamado não-copra. Produtos químicos e elevadas temperaturas não são utilizados no processo, já que o óleo puro e natural é estável, com validade de anos. O óleo virgem possui o aroma e sabor do coco. Estudos recentes verificaram que alguns dos benefícios do óleo virgem não são obtidos com o óleo refinado.